terça-feira, 30 de junho de 2009

Fusão de grandes empresas




FUSÃO DE EMPRESAS

Contemporaneamente, as organizações são obrigadas a mudar e a se estruturar para garantir um alto nível de competitividade. Nesse processo, acontecem as fusões, aquisições, alianças e parcerias que, por sua vez, proporcionam inovações e novas estratégias de ação para o mercado.
No que se refere a associações e uniões de empresas, é freqüente a confusão entre as diferentes combinações possíveis, principalmente em relação ao termo fusão. Esse é o motivo pelo qual a expressão fusão de empresas precisa ser esclarecida modo mais aprofundado. Para isso, definiremos a seguir alguns dos conceitos relacionados a ela, recorrendo a bibliografia pertinente.
Começaremos pelos dicionários de sociologia e de economia que apresentam definições para fusão. Sandroni(1994,s.v.) afirma ser a união de duas ou mais companhias, formando uma única grande empresa, geralmente sob controle administrativo da maior ou mais prósperas delas. Knox(1989,s.v.) trata fusão como resultado da transformação de duas companhias numa terceira nova. Gomes(19--,s.v.) afirma que fusão consiste na reunião de duas ou mais firmas coletivas ou sociedades para a formação de uma nova sociedade, da mesma ou de diversa forma e objeto.
A partir da leitura de outros tipos de publicações, verificamos que as empresas que se fundem desaparecem, surgindo uma nova empresa.
As fusões de empresas se intensificaram a partir dos anos 90 e representaram um papel na economia mundial e particularmente no Brasil, através da crescente internacionalização da economia e da pulverização de capitais por todo o mercado mundial, num processo conhecido como globalização. Grande parte do processo de fusão, ocorridos desde então, está associadas ao quadro de recessão, às altas taxas de juros praticadas no mercado financeiro, aos vários planos de estabilização e aos congelamentos de preços e salários.
Segundo pesquisa da KPMG (2004), os cinco primeiros setores de maior número de transações foram os alimentos, bebidas, fumo, o petroquímico, os das telecomunicações, das instituições financeiras e da tecnologia da informação.
Os processos de fusão, de acordo com o grau de similaridade entre os segmentos das empresas envolvidas, segundo Bitencourt (2004, p.193), podem ser classificados em:

I) horizontal, quando as duas empresas pertencem ao mesmo segmento e a união proporcionará economias de escala;
II) vertical, quando a fusão se dá entre empresas que estão à frente ou atrás na cadeia produtiva;
III) fusão por conglomerados, que envolve empresas de setores não relacionados e o enfoque está na diversificação do negócio, na ampliação da linha de produtos e no aproveitamento das oportunidades de investimentos.
Os processos de fusão que ocorrem atualmente objetivam o acesso a novos mercados, competências e tecnologias, maior poder econômico e de competição, sinergia e melhoria de eficiências administrativas e operacionais, diminuição do risco operacional e financeiro ou a simples sobrevivência. Inseridos neste cenário, observavam-se o crescimento e o fortalecimento dos grandes conglomerados empresariais que estão deixando de ser nacionais para se tornarem mundiais, através de fusões, aquisições ou outras estratégias de parcerias e internacionalização, consolidando vários segmentos de mercado.

Implicações num processo de fusão


Num processo de fusão, alguns fatores causam transtornos e implicações e, segundo uma pesquisa mencionada por Bitencourt (2004), alguns fatores devem ser destacados em cada fase da fusão. Assim, ele aponta como os mais citados pelos entrevistados:

a) antes da fusão: atentar para os aspectos culturais;
b) durante a fusão: intensificar o processo de comunicação;
c) depois da fusão: colocar a pessoa certa no lugar certo.

Tanure e Cançado(2005) afirmam que, na assimilação de uma cultura dominante, observa-se uma grande mudança na empresa adquirida e pouca na adquirente. A empresa adquirente absorve a outra, impondo seus procedimentos, seus sistemas e sua cultura. A empresa adquirida em que mais se evidenciam as conseqüências, pois dela é seqüestrada sua cultura, seus procedimentos e sistemas.
Para Bitencourt (2004), o momento de fusão representa um episódio crítico na formação e consolidação de uma cultura. Elementos culturais podem emergir como obstáculos à fusão. É o caso de muitas crenças e valores, às vezes até antagônicos, se são confrontados no processo de consolidação, principalmente no que diz respeito à forma de atuar, pensar e sentir dos indivíduos com relação aos ambientes internos e externo
Quando há o encontro de culturas, sem que uma delas predomine, há um moderado grau de mudança em ambas. O alcance do equilíbrio na convivência é possível em termos teóricos, mas, na pratica, uma das partes tende a dominar e o resultado desse processo é uma terceira cultura.
Além da cultura um outro aspecto é a comunicação, pois, assim como a cultura, a comunicação da visão e das metas da organização é também considerada um aspecto crítico nos processos de fusão. A comunicação é importante para despertar nos empregados um sentimento de participação nas mudanças, muitas vezes resgatando a confiança perdida pelas decisões tomadas na fase inicial da fusão.


Bibliografia

http://www.empregos.com.br/
http://www.minhacarreira.com/2009/04/15/a-importancia-da-autoconfianca-na-busca-por-uma-vaga-de-trainee/